Falo em primeira pessoa por que a minha experiência pode ser a mesma de outras pessoas. E não no impessoal para não generalizar ao ponto de achar que todos são iguais, por que não são. As vezes tenho medo de me expor, pois acho que os outras me acharam um babaca, tipo assim, - Nossa que burrico! Depois me arrependo por que perco a oportunidade de errar ou de acertar, ou seja, o momento de ser corrigido, de apreender, de mudar o que esta errado no meu mundo, de compartilhar com o próximo o meu conhecimento, como diz Paulo Freire, ninguém é ignorante ao ponto de não saber nada e ninguém inteligente ao ponto de saber tudo, por isso estamos sempre ensinando e apreendendo. Talvez esse medo de me expor venha da super valorização da beleza inatingível, da inteligência complexa ou do inalcançável, que por algum motivo alguém me vendeu e eu comprei, por isso vivo com medo de opinar, perguntar, elogiar, criticar, compartilhar, sorrir, mexer, respirar... enfim as vezes me sinto quase que amarrado. E para acalmar meu medo penso no simples como o mais importante igual ao elogio de uma criança, um sorriso, uma palavra, - Obrigado! Afinal ninguém é mais do que ninguém, todos nos nascemos por alguma razão onde nascemos e por isso vivemos numa determinada condição que qualquer outro poderia estar. No estagio de pediatria ao termino do plantão quando me despedia da criança cuidada naquele dia, a pequena me diz: - Você é um príncipe! Nesse momento, pra mim, acabava de ser aprovado em pediatria, alcançando meu objetivo, sendo aprovado por quem recebe os meus cuidados.
Samu
Nenhum comentário:
Postar um comentário